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segunda-feira, 7 de abril de 2025

CASAS DE HIP HOP DE SP: A CULTURA e o Acesso ao Direito PULSA AQUI. Estrutura real da Politica Pública.

A Recepção: Onde Tudo Começa

Pode entrar, a casa é sua. Sinta a energia assim que você pisa aqui. Não é só um balcão de informação, é o ponto de encontro. O lugar onde as ideias começam a circular, onde a comunidade se reconhece antes mesmo de entrar nas salas. Aqui você pega as informações que precisa, descobre o que tá rolando, se conecta. É a porta de entrada não só para o espaço físico, mas para o universo que ele representa. Respire fundo, a jornada está só começando.

Pronto(a) pra seguir?

O Berço da Rima e do Beat: Salas de Oficinas e Estúdios

Agora, feche os olhos e ouça... Consegue escutar? É o som da criação. A batida começando tímida num computador, o scratch ensaiado num toca-discos, a voz buscando a rima certa, o clique da lata de spray sendo testada. Estas são as salas de oficinas e os estúdios.

É aqui que o conhecimento circula livremente. Jovens e veteranos trocando ideia, aprendendo e ensinando os segredos do Rap, do DJing, do Breaking, do Bbox, da Produção Musical e da Produção Visual. É o Hip Hop em estado bruto, sendo lapidado pela prática, pela troca, pela paixão. A mágica acontece aqui, no fazer.

Daqui, a criatividade flui para onde? Para o corpo e para a expressão coletiva...

A Pista Ferve: Espaços de Ensaio

Sente o chão tremer um pouco? É aqui que a energia explode. Nos espaços de ensaio, o corpo fala, a voz ecoa, o ritmo comanda.

Imagine crews de Breaking desafiando a gravidade, testando movimentos, suando a camisa em busca da sequência perfeita. Pense nos MCs formando cyphers espontâneas, afiando rimas, batalhando com respeito. Visualize os DJs concentrados nos toca-discos, aperfeiçoando cortes e colagens. Ouça os Bboxers criando universos sonoros apenas com a boca.

O ensaio é o laboratório, a preparação, o momento de errar e acertar juntos. É a força coletiva do Hip Hop em pura manifestação.

Mas a expressão não para no corpo e na voz... ela também colore o mundo.

Tela Infinita: O Espaço do Graffiti

Agora, imagine paredes que antes eram cinzas ganhando cores, formas, mensagens. Sinta o cheiro característico do spray no ar. Este é o território do Graffiti. Mais que um espaço físico, é a celebração da arte que transforma a paisagem urbana.

Aqui, artistas experimentam técnicas, compartilham visões, ensinam e aprendem. É onde a identidade visual do Hip Hop ganha força, onde a cidade se torna uma galeria a céu aberto, começando pelas paredes da própria Casa. É a expressão que marca presença, que dialoga com o cotidiano, que grita em silêncio.

E quando essa arte toda, do som, do corpo e do visual, encontra o público?

O Palco é Nosso: Espetáculos e Mostras

As luzes focam, o microfone está quente, a batida envolve a todos. Chegamos ao coração pulsante da Casa: o espaço de apresentações. Sinta a expectativa no ar, a conexão entre artista e público. É aqui que tudo converge.

Pocket shows que incendeiam a noite, batalhas de rima que testam a agilidade mental, apresentações de dança que hipnotizam, mostras que exibem o talento da comunidade, happenings que surpreendem. A Casa de Hip Hop é palco para quem tem o que dizer e mostrar. É a nossa cultura viva, vibrante, compartilhada. É a celebração do que somos.

Mas para celebrar o presente e construir o futuro, precisamos olhar para trás...

Raízes e Futuro: Centro de Memória e Biblioteca

Aqui, o tempo parece desacelerar um pouco. Respire fundo e sinta o peso da história. Este é o Centro de Memória e Biblioteca Audiovisual. Imagine estantes guardando não só livros, mas discos de vinil que contam histórias, CDs que marcaram épocas, artigos, TCCs, documentários que registraram nossa caminhada.

É o acervo da nossa luta, da nossa arte, da nossa gente. Um espaço para pesquisar, estudar, se inspirar e, principalmente, para não esquecer. Porque honrar nossas raízes é o que nos dá força para seguir em frente. Conhecimento é poder, e memória é identidade.

domingo, 6 de abril de 2025

 

Defesa de Políticas Culturais Estruturais do Hip Hop | São Paulo desde 2005

Defesa de Políticas Culturais Estruturais do Hip Hop

Sumário Executivo

As vias de participação cidadã que o Fórum Hip Hop MSP tem utilizado ativamente desde 2005 estão presentes nesse documento. Ele tem como propósito apresentar uma defesa robusta para a inclusão e o financiamento adequado de cinco políticas culturais estruturais essenciais, centradas no movimento Hip Hop, conforme proposto pelo Fórum Hip Hop MSP:Difundir o Hip Hop - Elaborar políticas públicas de juventude - Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação- Combater a discriminação de gênero - Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade- Combater a discriminação racial- Atuar contra a violência policial- Gerar emprego e renda.Forma de destruturação do genocidio contra a população pobre, preta e periferica no Brasil.

A implementação destas políticas possui um potencial transformador significativo para impulsionar a inclusão social, estimular o desenvolvimento cultural, capacitar adolescentes, jovens, adultos e idosos a reconhecer formalmente o hip hop como um componente integral e vibrante do tecido cultural de São Paulo.

Introdução: Reconhecendo o Hip Hop como Elemento Estrutural da Cultura Paulistana

A cultura hip hop possui uma profunda significância histórica e uma vibrante relevância contemporânea na cidade de São Paulo, com raízes firmemente estabelecidas nas diversas comunidades periféricas. O Breaking, um dos elementos do hip hop, chegou ao Brasil nos anos 80 e ganhou popularidade em São Paulo, demonstrando a longa trajetória do movimento na cidade.

Os quatro pilares fundamentais do hip hop – DJing, MCing, Graffiti e Breaking – manifestam-se em formas multifacetadas de expressão artística, engajamento comunitário e inovação cultural. O hip hop desempenha um papel crucial como um poderoso veículo de comentário social, uma ferramenta vital para o empoderamento da juventude e uma plataforma essencial para a articulação das experiências e perspectivas de vozes marginalizadas em São Paulo.

"O hip hop em São Paulo vai além do mero entretenimento; é um movimento cultural profundamente enraizado, com uma rica história, um impacto social significativo e uma influência profunda na identidade da cidade, justificando um apoio estrutural e contínuo dentro da estrutura da política cultural municipal."

A longevidade e a influência abrangente do hip hop, particularmente na formação do cenário cultural das áreas periféricas e na oferta de caminhos para a autoexpressão e a mobilidade social, ressaltam seu status como um elemento fundamental do tecido cultural de São Paulo.

O reconhecimento do hip hop como um elemento estrutural da cultura de São Paulo conduz ao desenvolvimento de políticas urbanas mais eficazes e culturalmente responsivas, que genuinamente dialoguem e fortaleçam uma parcela substancial da população da cidade.

Fórum Hip Hop MSP: Uma Trajetória de Luta e Resistência

O Fórum Hip Hop Municipal de São Paulo (Fórum Hip Hop MSP) foi criado em agosto de 2005 como um espaço de diálogo entre pessoas, posses, grupos e integrantes do movimento Hip Hop da cidade de São Paulo. Desde sua fundação, tem atuado como o principal órgão representativo na defesa dos interesses, do desenvolvimento e do reconhecimento da cultura hip hop dentro do município.

2005

Fundação do Fórum Hip Hop MSP como espaço de diálogo entre o movimento Hip Hop, movimentos sociais, instituições públicas, legistativo,judiciário e a administração pública municipal.

2006-2010

Consolidação do Fórum como principal articulador de políticas públicas para o Hip Hop na cidade de São Paulo.

2012

Participação na caminhada "10 D – Dez direitos que o estado não garante", articulando com outros movimentos sociais.

2015-2020

Atuação na defesa e implementação de políticas culturais estruturais para o Hip Hop, incluindo o Mês do Hip Hop.

2023-2024

Elaboração de propostas para o Plano Plurianual da Cidade de São Paulo 2025-2028, com foco em cinco políticas estruturais.

O Fórum Hip Hop MSP tem como objetivos estabelecer um diálogo entre os adolescente, jovens, adultos do Hip Hop e o poder público municipal, apontando na perspectiva da igualdade e autonomia do movimento por meio de iniciativas, ações e demandas concretas, com apoio do poder público. Também busca criar critérios públicos que direcionem a relação entre o poder público e trabalhadores culturais do hip hop, garantindo que não haja privilégios de uns em detrimento de outros setores.

Sob o lema "CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE POBRE, PRETA E PERIFÉRICA", o Fórum se posiciona contra a desigualdade social e a favor da valorização da cultura periférica, tendo conseguido inserir o Hip Hop como Política de Estado a ser contemplada nos espaços de formação, produção e difusão cultural.

Políticas Culturais Estruturais Propostas

O Fórum Hip Hop MSP propõe cinco políticas culturais estruturais essenciais para o fortalecimento e reconhecimento do movimento Hip Hop na cidade de São Paulo:

Casas de Hip Hop Municipais SP

Centros dinâmicos para a preservação da memória e o fomento à cidadania através das práticas do hip hop, com espaços dedicados para oficinas, estúdios, áreas de graffiti, palcos para apresentações e centros de memória.

Orçamento proposto: e manutenção de suas rubricas no orçamento da cidade.

Mês do Hip Hop

Desenvolvimento do Mês do Hip Hop para se tornar a maior política cultural periférica da América Latina, celebrando e amplificando as vozes de artistas marginalizadas pela ind~ustria cultural brasileira.

Garantia de participação equitativa e transparência na distribuição de recursos.

Território Hip Hop Vocacional

Implementação do programa Território Hip Hop Vocacional para oferecer formação artística e promover a formação de cidadãos.

Foco no desenvolvimento de habilidades técnicas e artísticas nos quatro elementos do Hip Hop.

Participação na Agenda Cultural

Garantia da participação consistente e equitativa de artistas periféricos do hip hop na agenda cultural mais ampla da cidade.

Inclusão em festivais, eventos e equipamentos culturais municipais.

Breaking como Modalidade Esportiva

Integração do Breaking como modalidade Esportiva dentro da infraestrutura dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e centros esportivos municipais.

Reconhecimento de seu status olímpico e promoção do engajamento dos cidadãos.

Base Científica das Políticas Propostas

As políticas culturais estruturais propostas pelo Fórum Hip Hop MSP encontram respaldo em diversos estudos acadêmicos e científicos sobre o Hip Hop como movimento cultural, social e político:

Hip Hop como Campo de Estudos Acadêmicos +

Estudos recentes demonstram que o Hip Hop está se consolidando como um campo de estudos acadêmicos no Brasil. Segundo a Revista Pesquisa Fapesp, o movimento completa 50 anos no mundo e começa a ser visto como "explicações sócio-históricas de como o Brasil funciona".

Os primeiros trabalhos acadêmicos sobre o hip hop no Brasil foram escritos na década de 1990, incluindo a tese "Invadindo a cena urbana dos anos 1990 – Funk e hip hop" (UFRJ, 1998) e estudos sobre rap em São Paulo (Unicamp, 1998).

Fonte: Revista Pesquisa Fapesp - "Hip hop começa a se consolidar como campo de estudos acadêmicos"

Posicionamentos e Controvérsias no Movimento Hip Hop +

Pesquisas acadêmicas identificam três conflitos principais no movimento Hip Hop: a juventude pobre no contexto da sociedade de consumo; a mídia e sua relação com a indústria cultural; e a afro-descendência.

Estudos mostram que existem diferentes formas político-organizativas convivendo simultaneamente no movimento: associações, redes, posses (crews) e grupos, o que justifica a necessidade de políticas culturais estruturais que contemplem essa diversidade.

Fonte: SciELO - "Posicionamentos e controvérsias no movimento hip-hop" (Araújo Menezes & Rodrigues Costa)

Hip Hop, Arte e Cultura Política +

Segundo o filósofo americano Shusterman, o Hip Hop rompe com a dicotomia entre arte e realidade, sendo que "um dos mais maravilhosos e profundamente revolucionários aspectos do hip hop é o desafio de seu dualismo."

A cultura hip hop, caracterizada como uma prática social promovida pelos jovens pobres, principalmente pelos jovens negros, atua no sentido de dar visibilidade à população negra, no sentido da constituição da identidade e no crescimento da autoestima do negro-descendente.

O Hip Hop enquanto manifestação cultural está associado à origem africana-diaspórica, vinculado ao conceito de "Atlântico Negro" de Paul Gilroy, o que justifica políticas culturais que reconheçam sua importância histórica e social.

Fonte: ProQuest - "Hip hop, arte e cultura política: expressões culturais e representações da diáspora africana" (Martins, Rosana)

Relevância das Políticas Propostas +

As cinco políticas culturais estruturais propostas pelo Fórum Hip Hop MSP encontram respaldo científico nos estudos acadêmicos sobre o tema:

  • Casas de Hip Hop: Espaços fundamentais para preservação da memória e promoção da cidadania, alinhados com a necessidade de territorialização e valorização da cultura periférica.
  • Mês do Hip Hop: Política cultural que dá visibilidade ao movimento e promove a inclusão de artistas periféricos, combatendo a marginalização cultural.
  • Programa Território Hip Hop Vocacional: Formação artística e cidadã que utiliza o Hip Hop como ferramenta educacional, alinhado com estudos sobre o potencial transformador do movimento.
  • Participação na agenda cultural da cidade: Garantia de equidade e reconhecimento do Hip Hop como manifestação cultural legítima.
  • Breaking como modalidade esportiva: Reconhecimento do status olímpico do Breaking e seu potencial para engajamento juvenil e promoção da saúde.

Conclusão

A inserção destas políticas representa uma oportunidade singular para institucionalizar o apoio à cultura hip hop, transcendendo iniciativas isoladas em direção a um investimento sustentável e de longo prazo.

Ao reconhecer formalmente o papel crucial do hip hop na construção comunitária, na promoção da coesão social e na oferta de oportunidades para o desenvolvimento juvenil, a cidade pode alavancar estrategicamente seu potencial para enfrentar desafios urbanos mais amplos e cultivar uma sociedade mais inclusiva e vibrante para todos os seus moradores.

O Fórum Hip Hop MSP, com sua trajetória de quase duas décadas de atuação, apresenta estas propostas com base em sua experiência e conhecimento profundo das necessidades da comunidade hip hop paulistana, respaldado por estudos científicos que comprovam a importância cultural, social e política deste movimento.

A implementação destas cinco políticas culturais estruturais na Cidade de São Paulo representa um marco histórico no reconhecimento e valorização do Hip Hop como patrimônio cultural da cidade, contribuindo para uma São Paulo mais inclusiva, diversa e culturalmente rica.

segunda-feira, 3 de março de 2025

Rapper Pirata Confronta a Lei Oruam e a lei 14133/2021 #LeiOruam #Rapper...

e
Rapper Pirata Confronta a Lei Oruam e a lei 14133/2021 contra os artistas : Uma Luta por Arte, Liberdade e Justiça Urbana

No Plenario da Camara d Vereadores de SP,20//02/2025 - Rapper Pirata questiona a Lei Oruam, que pretende proibir artistas que  rotula artista  em shows públicos. Seria isso proteção aos jovens ou um ataque velado à liberdade de expressão e à cultura urbana? Para Pirata, é o segundo caso, criticando a lei por sua vagueza e risco de censura. Ele também denuncia como a internet é usada para silenciar vozes cidadãs, o descaso com documentos públicos e a falta de resposta às denúncias sobre o edital do Mês do Hip Hop, que deixa artistas sem segurança jurídica. Confira o vídeo com a visão completa de Rapper Pirata.

 #ArteVsLei #LeiOruam #RapperPirata #MesDoHipHop #LiberdadeDeExpressao #JusticaUrbana #ArteLivre #PoliticaBrasil #DebateCultural #cultura #orcamento #hiphop

A IMPORTANCIA DA CULTURA NA SOCIEDADE PAULISTANA

PROPOSTA PARA ELABORAÇÃO DO MÊS DE HIP HOP 2024

RESPOSTA DA SECRETARIA DA CULTURA REFERENTE O MÊS DE HIP HOP 2023

ESPORTE BREAKING COM POLÍTICA PÚBLICA

Plano de negócios para umempreendimento de Breaking

POLITICAS DE HIP HOP SP

DROGRA JWH-18 K

DROGADIÇÃO

CONFERÊNCIA LIVRE POPULAR DOS MOVIMENTOS CULTURAIS SP